Ao conseguirmos expressar a realidade somática e nossas intenções, nos tornamos mais móveis. Uma pessoa fisicamente rígida pode encontrar dificuldade na expressão emocional – seja no gesto, na fala, na arte ou no reconhecimento de seu propósito individual.
A maneira como vivenciamos o mundo está estruturada no corpo.
Ao mudarmos a experiência somática, também mudamos a interpretação da realidade. Stanley Keleman, autor do livro “Anatomia Emocional”, afirma que nunca teve um cliente que contasse uma experiência da mesma maneira quando em pé, sentado ou deitado. A perspectiva sempre muda.
Isso significa que ao nos tornarmos mais móveis criamos novas possibilidades de enxergar a realidade, a partir de uma reconstrução e reorganização interna. Gastamos muita energia tentando transformar o mundo, mas se permanecemos estáticos, todo esforço é vão. Queremos controlar pessoas pelo controle remoto e satisfazer nossos desejos no shopping, na falsa esperança de que isso nos tornará mais felizes. Ficamos atrelados ao que vem de fora: uma recompensa, um prêmio, um elogio.
Somente a resiliência e a capacidade de compreender o sentido das nossas experiências é que nos torna livres do resultado – bom ou mau, certo ou errado, fracasso ou sucesso passam a simples classificações. Mudar o mundo é mudar a experiência de si no mundo.
