“O treinamento de alta intensidade é irmão da dieta radical: tem resultados rápidos e prejuízos duradouros”. Nuno Cobra Junior
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Modismos a parte, 95% das pessoas que fazem dietas radicais voltam ao peso anterior em menos de um ano ou ainda ganham mais peso. O treinamento de alto intensidade, que vem sendo amplamente divulgado como sendo a melhor maneira de condicionamento físico do momento, também não se aplica a 95% da população – segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas 30% da população é fisicamente ativa. E somente, entre 2% e 5% dela pratica 30 minutos de atividade por dia, a frequência considerada ideal.
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Pessoas sem regularidade que realizam atividades de alta intensidade, ficam apenas com a parte ruim do exercício físico – o estresse oxidativo, que envelhece, nos expõem ao risco de doenças e lesões, aumenta os níveis de inflamação e desequilíbrios no organismo. Exercícios esporádicos e intensos são péssimos! Repouso absoluto também.
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No Brasil, segundo a OMS, 1 pessoa a cada 2 minutos, morre por conta de doenças associadas diretamente ao sedentarismo. Por que? Porque o nosso corpo evoluiu para o movimento. O Homo Sapiens, que surgiu há aproximadamente 200 mil anos, evolui pra percorrer longas distâncias por dia pra comer e não ser comido rsrs, até o surgimento da agricultura, há 10mil anos atrás. A revolução industrial agravou um pouco mais o quadro de inatividade, mas nos encheu de conforto! Só que esqueceram de combinar conforto com evolução….
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O corpo continua o da Idade da Pedra, só que mais gordo, mais lento e mais bem vestido.
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Se você faz atividade física com regularidade, seu corpo é “vacinado” pelo exercício, e só então, se você faz parte desse seleto grupo de 5%, e com a ajuda de um profissional, você pode incluir com moderação e discernimento o treino de alta intensidade, mas não pra correr atrás do prejuízo….
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Lembre-se que qualquer radicalismo gera compensações. Pequeninos estresses diários levam a adaptações benéficas pra sua saúde e bem-estar. Você nasceu pro movimento ! <3